sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Meo e Eurochannel com programa especial sobre os Muse

Canal exclusivo do Meo, o Eurochannel vai transmitir, já no próximo domingo, dia 7 de Fevereiro, a partir das 23h00, um programa especial sobre uma das bandas cabeças-de-cartaz na edição de 2010 do Rock in Rio, os britânicos Muse.
Num programa que tem como título «Euromusic – Muse: The Resistance», o trio, que participou também na banda sonora de um dos últimos sucessos do cinema, o filme «Crepúsculo», com o tema «Supermassive Black Hole», fala do seu novo trabalho e das expectativas para este ano.
Ao longo da emissão, serão ainda apresentados clipes das músicas «Uprising», «Undisclosed Desires» e «Uprising Live Version», assim mo cenas exclusivas do concerto «H.A.A.R.P.», (álbum) gravado no estádio de Wembley, em Londres.
Recorde-se que o Eurochannel é um canal dedicado em exclusivo à transmissão de conteúdos sobre os países europeus, tendo a programação do canal grande enfoque na música.
O Eurochannel está disponível em mais de 25 países, incluindo toda a América Latina, sendo que em Portugal é transmitido em exclusivo no Meo (IPTV, Fibra e Satélite), na posição 81.

''Oh Zé aperta o ... cinto!!!''


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Sardoal: Um dia pela Vida


No próximo Domingo, dia 31 de Janeiro, realizar-se-à na zona histórica da Vila de Sardoal uma iniciativa de apoio à Liga Portugesa Contra o Cancro.

''A Equipa, as Tílias'', grupo de voluntárias do concelho de Sardoal organiza ''Um dia pela Vida''. Esta causa tomará forma no ''Espaço Quinta do Coro'' em Sardoal.

A melhor forma de ser solidário é estar presente nesta acção. Este espaço transformar-se-à numa Casa de Chá, com direito a exposição de produtos de artesanato e gastronómicos locais. Todos os fundos angariados reverterão na integra para a Liga Portugesa Portuguesa Contra o Cancro.

Cabe-nos a todos nós, aliarmo-nos a esta cauda e contribuir.


iPad – A nova estrela da companhia

Steve Jobs mostrou hoje, ao mundo, o iPad, o tão aguardado tablet da Apple para um segmento dedicado à utilização com forte suporte web.
A estrutura faz lembrar um iPhone gigante com todo o requinte do multi-toque e a suavidade de uma folha de papel. Um ecrã de 9.7 polegadas é suficiente para ler e usufruir de gráficos fantásticos com a usabilidade de um caderno escolar.
1,3 cm de espessura e 680 gramas de peso. Com o iPad o utilizador pode facilmente navegar na Internet, ler e escrever email, ler livros, jornais e revistas, editar e visualizar vídeos, ver fotos, ouvir música, comprar na web… e muito mais com um interface simples e versátil.
Estamos perante um equipamento que se adapta a si e não exige que se adapte a ele, facilmente o roda para aumentar ou interagir com jogos, fotos ou vídeo.

Características:
Processador: Processador Apple A4 de 1.0 GHz
Ecrã: 9.7″ ecrã panorâmico brilhante LED-backlit, Multi-Touch com tecnologia IPS e resol.1024×768-pixels
Conectividade:Modelo Wi-Fi: Wi-Fi (802.11 a/b/g/n) e Bluetooth 2.1 + EDRModelo Wi-Fi + 3G:UMTS/HSDPA (850, 1900, 2100 MHz), GSM/EDGE (850, 900,1800, 1900 MHz), Data only2, Wi-Fi (802.11 a/b/g/n), Bluetooth 2.1 + EDR
Sensores: Acelerómetro e sensor de luz ambiente
Input e Output:Conector DockEntrada para auscultadores de 3.5-mm estéreoColunas embutidasMicrofoneEntrada para cartão SIM (apenas no modelo Wi-Fi + 3G)
Tamanho: Altura 242.8 mm, largura189.7 mm, profundidade 13.4 mm
Peso: 680 gr. modelo com Wi-Fi; 730 gr. modelo com Wi-Fi + 3G
Autonomia: 10 horas
Preços:
16 GB modelo Wi-Fi – 499 dólares
16 GB modelo Wi-Fi + 3G – 529 dolares
32 GB modelo Wi-Fi – 599 dólares
32 GB modelo Wi-Fi + 3G – 729 dólares
64 GB modelo Wi-Fi – 699 dólares
64 GB modelo Wi-Fi + 3G – 829 dólares


A Apple já encetou contactos para parcerias: a exemplo disso está o New York Times e a National Geographic, por exemplo, que servirão uma versão digital das suas publicações para o iPad.
Estaremos perante mais um modelo para este segmento de mercado, como o iPhone foi e é para os smartphones? A ver vamos e esperamos em breve ter um nas mãos para falar com conhecimento de causa sobre mais esta pérola Apple.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

MusicDNA, novo ficheiro digital de música sai na Primavera

Um novo ficheiro digital de música, intitulado MusicDNA, que incluirá vídeos, letras e imagens, será lançado oficialmente na Primavera e poderá suceder ao mp3, anunciou no domingo o investigador norueguês Dagfinn Bach.

A revelação foi feita pelo fundador da Bach Technology no MIDEM, a feira internacional sobre edição discográfica que decorre em Cannes, França.
Dagfinn Bach, que já tinha trabalhado na criação do mp3, revelou que o MusicDNA é um ficheiro que pode ter até 32 gigabites (GB) de capacidade de informação e incluir a letra da canção, vídeos, imagens, comentários de blogues, estando por isso em permanente actualização.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Subtilezas do futebol português

Há antijogo bom e antijogo mau. Pela segunda jornada consecutiva, um adversário do Porto é expulso por mão na bola sem ter tocado com a mão na bola. Julgo que se trata de uma estratégia para prejudicar o Porto. O tempo que se perde a assinalar uma falta que não existe, a expulsar um jogador que não merece ser expulso e a esperar que ele saia de campo enquanto tenta fazer ver a toda a gente que o que acaba de acontecer é uma vergonha, são minutos preciosos que o Porto não pode aplicar a marcar golos com a mão. É certo que, na primeira parte, o Porto marcou um golo que foi mal invalidado. Falcao, que ironicamente dessa vez até optou por marcar com o pé, estava em jogo. Mas, ainda assim, não tão em jogo como estava o jogador do Paços no último minuto do Paços de Ferreira-Porto da primeira jornada, quando se isolou à frente do guarda-redes.

Há ilegalidades boas e ilegalidades más. As escutas, as nunca desmentidas escutas, foram agora colocadas no YouTube — facto que, como é evidente, vai levantar muitas e importantes questões. A quem interessa que tenham aparecido? Que leis viola a sua publicação? Quem as publicou? Porquê agora? Porquê no YouTube? Porquê cerca das dez da noite? Porquê com legendas brancas sobre fundo negro? Enfim, vai discutir-se tudo sobre as escutas. Tudo menos o que lá é dito, bem entendido. Há sempre quem tenha a caridade de nos explicar que isso é um pormenor que não interessa nada. Pela minha parte, tenho a certeza de que se trata de mais uma urdidura centralista e critico sobretudo o YouTube: um sítio que proíbe a divulgação de pornografia mas não coloca objecções à difusão de obscenidade moral não merece respeito. A outra obscenidade vale muito mais a pena. Se o incidente tiver alguma consequência, que seja nas escolhas literárias de Pinto da Costa. O presidente do Porto declama José Régio sempre que pode. Mas os diálogos que interpreta nas escutas também são muito ricos. Podia passar a declamá-los nas festas, em substituição do Régio. Em vez do Cântico Negro, passa a declamar o Cântico ao Homem Que Veste de Negro. Em vez do verso «Não vou por aí!», o também bonito «Não vá por aí, que a minha casa fica na segunda à direita, depois da rotunda». É tudo tão subtil, tão cheio de subentendidos... Que faz um árbitro que quer ir a casa de um dirigente desportivo pedir-lhe que preste aconselhamento matrimonial ao pai? Primeiro, não pede para ir lá a casa, nunca fala no pai, não diz uma palavra sobre aconselhamento matrimonial, e jamais refere o nome do dirigente. É contactado por um empresário e combinam um encontro com um engenheiro máximo que é gerente de caixa. Que faz um dirigente que é surpreendido pela visita de um árbitro? Combina a visita com um intermediário, com alguns dias de antecedência, e fornece indicações sobre o melhor caminho para chegar a sua casa — a mesma em que vai ser surpreendido. Depois da publicação em jornal e na Internet, aguardo a edição destes diálogos em livro. O tribunal não liga nenhuma às escutas, mas o público interessa-se muito por elas.Há milhões suspeitos e milhões insuspeitos. Quando Benfica e Sporting começaram a fazer contratações de Inverno, Pinto da Costa disse que o seu clube não contrataria ninguém porque no Porto não havia petróleo. Duas semanas depois, o Porto contratou Rúben Micael. Antigamente, era preciso perfurar o solo para encontrar petróleo. Agora, basta empatar em casa com o Paços de Ferreira. Deve ser uma tecnologia nova. Se o Paços quiser fazer o favor de vir empatar ao meu quintal, eu agradeço.
Há violência boa e violência má. Os elementos da equipa do Porto vão para o balneário e agridem seguranças. Os elementos da equipa do Sporting vão para o balneário e agridem-se uns aos outros. Trata-se do tipo de agressão que prefiro. É o lado bonito da violência — e Sá Pinto sempre foi o melhor a mostrá-lo. É um homem que, antes de ser director desportivo do Sporting, fez um curso de direcção desportiva. Chegou dez minutos atrasado à primeira aula, e perdeu aquela parte em que o professor explica: «Bom, isto nem é preciso dizer, mas evitem agredir o melhor jogador da vossa equipa. É a regra básica de um dirigente. Pronto, vamos então começar a dar matéria mais complicada…» Enfim, o destino prega partidas destas. Liedson recuperou de uma lesão em tempo recorde e, nos primeiros 20 minutos que jogou, marcou dois golos. Sá Pinto decidiu premiá-lo com dois bananos nas ventas. Hélder Postiga deve ter suspirado de alívio por não marcar golos desde o Paleolítico Inferior. Apesar de tudo, não concordo que a escolha de Sá Pinto para aquele lugar tenha sido disparatada. Sá Pinto tem perfil para dirigente. Infelizmente, é para dirigente do Porto.
Por Ricardo Araújo Pereira, edição 23 de Janeiro 2010 - Jornal "A Bola"

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Mão Cheia!!

Marítimo 0 - 5 SLBenfica
Capa do Jornal ''A Bola'' de 18 de Janeiro de 2010

domingo, 10 de janeiro de 2010

O Benfica ganhou no campo e goleou no túnel


O leitor deseja agredir alguém? Um vizinho, um familiar, um desconhecido qualquer? É fácil: diga que foi provocado. As provocações, sejam de que tipo forem, justificam qualquer agressão. Uma anónima agrediu o Papa? Foi, de certeza, vítima de uma armadilha bem urdida. O marido bate na mulher? É impensável que a tenha agredido sem que tivesse havido forte agravo. Toda a gente sabe que os agressores são, em geral, gente ponderada e cordata, que só opta pela violência física caso seja vítima da afronta mais grave, mais perversa e mais criminosa que pode ser perpetrada: a provocação. Não será por acaso que a lei portuguesa prevê molduras penais extremamente pesadas para homicidas, violadores e autores de provocações.
Trata-se de uma estratégia imbatível, até porque uma provocação não carece de prova. A simples alegação da existência de provocações sobrepõe-se, em gravidade criminal, a imagens que mostram agressões. Agressões documentadas são bagatelas quando vão a meças contra provocações hipotéticas. Não admira: quem já foi agredido sabe perfeitamente que o que aleija a sério são as provocações. O número chocante de pessoas que, em todo o mundo, falecem na sequência de terem sido provocadas é prova mais do que suficiente da dimensão deste flagelo. Há dias, cruzei-me com um homem que sangrava do sobrolho, coxeava e tinha duas costelas partidas. «Que se passa, amigo?», perguntei ingenuamente. «Foi agredido?» «Não», disse ele. «Fui barbaramente provocado.» Pobre homem.
Dito isto, não posso senão alinhar no coro de críticas ao túnel da Luz. Foi lá que vários jogadores do Porto se envolveram em agressões. De quem é a culpa? Do Benfica, claro. Que seja fortemente castigado, a ver se se moraliza este nosso futebol. Espero que obriguem o clube a alterar aquele maldito local. Nos jogos contra o Porto, por exemplo, talvez não fosse má ideia ponderar a substituição do túnel por uma jaula.
Os jogadores do Porto, que estavam proibidos de dar entrevistas ao jornal A BOLA, resolveram emitir um comunicado no qual informam que, a partir de agora, vão deixar de dar entrevistas ao jornal A BOLA. Ora aqui está uma iniciativa arrojada. Todos conhecíamos o blackout, mas o blackout em cima de outro blackout só podia ser uma inovação desse clube que é designado pelos seus dirigentes e adeptos como Ftócuporto.
Por muito benfiquistas que sejamos, vemo-nos forçados a reconhecer que, no passado fim-de-semana, assistimos a uma agressão inadmissível que, ainda para mais, passou sem castigo. Não é por ser filho de um antigo capitão do Benfica que a brutal cotovelada com a qual Miguel Veloso partiu um dente a um adversário deve passar sem reparo. É por isso que, sem facciosismos, devemos exigir que a sangrenta agressão seja alvo de competente sumaríssimo, uma vez que não mereceu qualquer punição do árbitro. A menos que Miguel Veloso tenha sido provocado, claro. Talvez o maxilar do adversário tenha feito provocações maldosas. Se assim foi, é bem feita.

Por Ricardo Araújo Pereira, edição 09 de Janeiro 2010 - Jornal "A Bola"

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Casamos?


Casamento gay: A visão de António - Edição do Expresso online - 08-01-2010

sábado, 2 de janeiro de 2010

Vergonhosas provocações e nobres espancamentos em legítima defesa

Na véspera do Benfica-Porto, Ricardo Costa, antigo defesa do Porto, deu uma interessante entrevista ao Correio da Manhã. Serei talvez suspeito, porque me divirto sempre que as conversas de alguém ligado ao Porto são relatadas pelo Correio da Manhã, mas a entrevista era, de facto, curiosa. Entre outras revelações, o actual jogador do Wolfsburgo afirmou que, para o Porto, o clássico da Luz é mais do que um jogo de futebol. É uma luta do Norte contra o Sul, luta essa que o Porto quer ganhar porque — e cito Ricardo Costa — o Porto detesta o Benfica. Ricardo Costa passou sete anos no Porto, e portanto deve saber do que fala. Foi tendo tudo isto em consideração que me pus a pensar nos incidentes do túnel da Luz, no fim do clássico de 20 de Dezembro. A equipa do Porto tinha sido derrotada por uma equipa que detesta. Tinha perdido três pontos contra um adversário muito desfalcado. E, além disso, tinha perdido mais do que um jogo. Tinha acabado de perder uma guerra entre o Norte e o Sul. É uma guerra que só eles sabem que existe, mas ainda assim é uma guerra. Deve ser desagradável perder guerras, mesmo que sejam imaginárias. Seria possível, por isso, que os jogadores portistas tivessem saído do campo irritados e, perto do balneário, agredissem alguém? A resposta é: obviamente, não. Os jogadores portistas, não sendo santos, estão muito perto da santidade. Não passa pela cabeça de ninguém que, mesmo num momento daqueles, possam ser capazes de uma agressão. A não ser, claro, que tenham sido infamemente provocados. Esta é, curiosamente, a única certeza que temos sobre o que se passou no túnel. As imagens ainda não são conhecidas, os testemunhos são escassos, mas uma coisa é certa: os portistas foram provocados. E as provocações terão começado, aliás, antes do jogo: o balneário do Porto não tresandava a enxofre, o que fez com que os visitantes não tivessem de se equipar no acesso ao relvado. Foi, talvez, a primeira provocação. Os portistas sabem que isto não é maneira de receber adversários. A segunda provocação foi o facto de o Benfica não ter dado hipóteses ao tetra-campeão, mesmo fazendo alinhar elementos que ainda não tinham jogado um minuto neste campeonato. Não admira que os jogadores portistas tenham, ao que parece, respondido a estas ignóbeis provocações espancando um ou dois seguranças. Ninguém é de ferro, que diabo. Quando os jogadores do Benfica respondem a provocações em Braga ou em Olhão, são imaturos e pouco profissionais; quando os portistas respondem a hipotéticas provocações na Luz, são gente boa que perdeu justa e humanamente a cabeça.
Em Braga, não sei se o leitor está recordado, também houve problemas no túnel. A comissão disciplinar da Liga analisou o vídeo e, tendo as imagens demonstrado que Cardozo não fez rigorosamente nada, aplicou ao melhor marcador do campeonato a correspondente suspensão de dois jogos. Desta vez, não havia um único jogador, técnico ou dirigente do Benfica no túnel (facto que, inevitavelmente, terá de ser contabilizado como mais uma provocação). Temo, portanto, que toda a equipa do Benfica seja suspensa por dois jogos. Quanto ao Porto, segundo consta, as imagens mostram que jogadores como um Sapunaru ou um Givanildo agrediram um segurança. Ambos estão, aliás, preventivamente suspensos, para obedecer a uma nova lei proposta pelo próprio Porto, que foi aprovada sem o voto favorável do Benfica. Os juristas da Liga, já se sabe, aprovam legislação proposta pelo Porto com a intenção clara de prejudicar o Porto. Bandidos.Mas o que sucederá, então, se se confirmar a existência de imagens em que jogadores do Porto agridem uma ou mais pessoas? Em princípio, nada. É importante não esquecer que estamos a falar do futebol português. O arquivo que contém as escutas dos rebuçadinhos, da fruta, dos quinhentinhos e a factura da viagem de Calheiros ao Brasil terá de arranjar espaço para mais uma cassete. Para a história ficará apenas o balanço do ano desportivo do Porto, em 2009: um fotógrafo atropelado, um futebolista agredido e um segurança espancado. Que orgulho.

Por Ricardo Araújo Pereira, edição 02 de Janeiro 2010 - Jornal "A Bola"