sábado, 27 de março de 2010

O novo clássico Benfica-Braguinha

O clube que é referido nas escutas pelo árbitro condenado por corrupção passiva como «o meu Braguinha» tem hoje o privilégio de visitar o estádio do primeiro classificado. Será uma oportunidade inédita para os jogadores do Braguinha de Augusto Duarte verem um estádio cheio de espectadores pagantes. Espero que tragam a máquina fotográfica. Confesso que não sei muito sobre a táctica do Braguinha de Augusto Duarte, mas creio que o Braguinha de Augusto Duarte vai tentar explorar as faixas laterais — e também as faixas laterais das faixas laterais, como no jogo em casa contra o Marítimo, em que a jogada do golo da vitória começou do lado de fora do campo. Não só os laterais do Benfica terão de estar atentos, como seria bom que Jorge Jesus ministrasse um treino táctico aos apanha-bolas. Sobre a equipa do Braguinha de Augusto Duarte, só tenho uma certeza: ao contrário do que aconteceu no jogo contra o Porto, Meyong vai certamente jogar de início. Julgo mesmo que o jogador terá sido poupado no Dragão para se apresentar hoje nas melhores condições. Será, creio, um jogo difícil, na medida em que o Braguinha de Augusto Duarte tem fama de oferecer um prémio de 50.000 euros aos capitães dos adversários do Benfica. Estarão motivadíssimos, os capitães do Braguinha de Augusto Duarte.


OBenfica, que nunca perdeu uma final com o Porto, venceu, sem surpresa, a Taça da Liga. É verdade que Nuno foi incapaz de segurar um remate relativamente fraco de Rúben Amorim, mas é provável que o guarda-redes do Porto estivesse a jogar lesionado por ter as falangetas doridas de redigir comunicados.


Não posso, claro, deixar de fazer uma alusão ao lamentável ambiente de violência que rodeou o jogo. Foi especialmente chocante a conduta daquele hooligan que joga no centro da defesa do Porto. Registo, apesar de tudo, a lucidez de Bruno Alves quando mostrou quatro dedos ao público. Mesmo naquela hora difícil, o central manteve a cabeça fria e foi capaz de calcular a média de golos sofridos pelo Porto nas goleadas contra Arsenal e Benfica: quatro. E fez questão de informar o público da conclusão a que tinha chegado.


Quanto à final propriamente dita, apesar de tudo foi um jogo à antiga: dantes, o árbitro perdoava a expulsão a dois jogadores do Porto e o Porto ganhava. Agora, o árbitro perdoa a expulsão a dois jogadores do Porto e o Porto perde por 3-0. Talvez tenha mudado qualquer coisa, mas o essencial manteve-se.


Tendo em conta a gravidade dos factos que foram ocorrendo fora do campo, é forçoso reconhecer que este campeonato ficará conhecido por causa de factores extra-futebol: para todos os efeitos, este será sempre o campeonato durante o qual foram publicadas as escutas do Apito Dourado no YouTube. Mas o túnel da Luz também teve algum protagonismo. Depois de a Comissão Disciplinar da Liga ter deliberado, de forma completamente absurda, que os stewards eram agentes desportivos, o Conselho de Justiça da Federação veio finalmente pôr ordem na demência e decidiu que os stewards são, na verdade, público. Como é óbvio, fez-se justiça. Parece evidente que os profissionais contratados para controlar o público são, também eles, público. Suponho que, quando um steward falta ao serviço, não seja punido: trata-se de um espectador a quem não apeteceu ir ao estádio nesse dia. E ficaria surpreendido se os stewards agredidos não fossem, eles sim, castigados: ao que pude apurar, nenhum daqueles membros do público agredidos por Hulk e Sapunaru tinha pago o respectivo bilhete. Uma vergonha que não deve passar sem punição.


Agora sim, o castigo de três jogos a Hulk parece adequado à infracção. Recordo que, em Braga, Cardozo foi castigado com dois jogos de suspensão por, como as imagens demonstraram, não ter agredido ninguém. Hulk levou mais um por espancar um segurança. É mais do que justo que as agressões efectivas sejam punidas com mais um jogo do que as imaginárias.


Há, no entanto, alguns pormenores inquietantes no acórdão do CJ da Federação. Os portistas sempre sustentaram que os castigos a Hulk e Vandinho eram igualmente injustos. Faziam parte da mesma sombria cabala que devia ser combatida à força de vigílias. Agora, contudo, dizem que foi feita justiça quando o CJ da Federação manteve o castigo de Vandinho (cuja equipa segue no campeonato à frente do Porto, a propósito). Mais: o Porto mantém que a deliberação da Liga é extremamente iníqua, profundamente injusta, manifestamente reles, deliberadamente maldosa, safadamente ruim. O acórdão do CJ, apesar de não concordar com ela, diz que é, e cito, «legítima». Quem toma decisões legítimas deve indemnizações a alguém? A justiça chega tarde mas chega confusa.


Por Ricardo Araújo Pereira, edição 27 de Março 2010 - Jornal "A Bola"

quinta-feira, 25 de março de 2010

Stewards são penetras!

Segundo consta por aí, o que levou o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol a ditar a significativa redução das penas dos portistas Hulk e Sapunaru foi o facto de considerar os assistentes de recinto desportivo (vulgarmente denominados stewards) como público e não como intervenientes do jogo, algo que tinha sido feito pela Comissão Disciplinar da Liga.

Já o disse - e reafirmo - que não concordo com nenhum dos castigos. O inicial sempre me pareceu excessivo, o actual dá a sensação de passar uma esponja por cima dos actos reprováveis que ocorreram. Mas, independentemente disso, tenho alguma dificuldade em perceber que uma eventual agressão cometida por um futebolista no desempenho da sua actividade profissional possa ser julgada de forma completamente distinta tendo em conta o estatuto da vítima. Na minha modesta opinião, pensava que as leis/regulamentos se deviam centrar no "crime" e não na condição do "ofendido". Pelos vistos estava (muito) enganado. Espero, contudo, que um destes dias ninguém se lembre de estabelecer que os castigos, no futebol ou em qualquer outra actividade, possam ser diferentes tendo em conta o sexo, a idade, a nacionalidade, a religião, o peso, a altura ou outra faceta/característica qualquer dos agredidos...

Mas, depois de ler e ouvir várias opiniões, dei comigo a pensar noutro pormenor: se os stewards não são intervenientes do jogo, então devem começar a pagar bilhete! Se os tais assistentes de recinto desportivo são público para umas coisas... então que sejam para todas. É que penetras, no futebol, já existem muitos e qualquer verba suplementar será bem recebida pelos clubes.

Falemos a sério: para o Conselho de Justiça, segundo o acórdão, os intervenientes do jogo são "além dos delegados dos clubes e demais pessoas que desempenham funções no quadro das equipas em confronto (jogadores, treinadores, massagistas e médicos), o director de segurança, o director de campo e o delegado da Liga". Tal significa, que a exemplo dos stewards, também polícias, bombeiros e jornalistas são - mesmo no desempenho da sua actividade - meros "intrusos".
Uma pergunta a finalizar: qual a razão para os populares "apanhas bolas" também não serem considerados parte integrante do jogo? Ser menor e desempenhar a tarefa de forma graciosa não deveria ser suficiente para "transformá-los" em público. Para mim é pacífico que estes miúdos desempenham uma necessária "função no quadro das equipas em confronto".
Por: Luis Avelãs

quarta-feira, 24 de março de 2010

colorAdd@ - código de cores universal para daltónicos

Criado por um professor da Universidade do Minho.
Já foi adoptado pela CIN.

quinta-feira, 18 de março de 2010

OBRIGADO




O mundo hoje foi um lugar bonito!

FAQUICA!!!!

by Fran.

Misteriosos desaparecimentos

(…) só há duas coisas que eu odeio, quando se referem a mim: que me tirem o Miguel do nome e que me ponham a dizer uma palavra que eu nunca uso: «algo»

(…) reconfortando-se ao encontrarem-se uns aos outros na missa algo despovoada desse domingo na vila

(…) eu atravessaria a rua como se flutuasse dentro de um sonho ou de um pesadelo, algo de irremediável se teria então quebrado para sempre

Miguel Sousa Tavares

E, de repente, deixou de se falar no túnel da Luz. Confesso que estou preocupado. Talvez valesse a pena as autoridades competentes lançarem o alerta do costume: «Desapareceu das colunas de opinião o túnel da Luz. Da última vez que foi visto usava uma estrutura de metal coberta por uma lona branca com a marca dos pitons do Fernando. Se alguém possuir informações que nos possam levar ao seu paradeiro, por favor contacte a Polícia de Segurança Pública.» O mais chocante neste desaparecimento é o facto de serem precisamente as mesmas pessoas que mais lembraram o túnel da Luz aquelas que agora o esquecem. Foram meses de análises, lamentos, acusações, queixinhas, vigílias, comunicados — tudo em nome do túnel. Subitamente, depois de duas goleadas e um empate em casa com o 13º classificado, o túnel desapareceu. De repente, as opções do professor Jesualdo são duvidosas, o plantel é pobre, os reforços são fracos, a estratégia falhou e o modelo de gestão morreu. E o túnel? Com que desumanidade se descarta assim uma infraestrutura que, ao longo de tantas semanas, cumpriu com brilhantismo o seu papel de bode expiatório de todos os fracassos? Houve vigílias contra o modelo de gestão? Não. O plantel uniu-se para emitir um comunicado a condenar a sua própria falta de qualidade? Claro que não. Foi tudo feito sempre a pensar túnel, no mesmo túnel que é agora injustamente esquecido. A ingratidão é muito feia.

Mesmo tendo feito uma época menos boa, o clube da estrutura — ah, a estrutura! — continua a dar lições. No Benfica, onde a organização é fraca e a estrutura inexistente, dirigentes e adeptos têm celebrado o bom futebol, as goleadas e a liderança do campeonato. Um erro, evidentemente. São entusiasmos que não se admitem numa gestão altamente profissionalizada. No Porto, a estrutura — ah, a estrutura! — é sólida e não embarca em euforias. O presidente olhou para a tabela, verificou que se encontrava num prometedor terceiro lugar e, com toda a sensatez e realismo, prometeu o título de campeão a vivos e a defuntos. É assim que se gere um clube. Temos muito a aprender.

Àchegada de Londres, Pinto da Costa não aproveitou a presença das câmaras e dos microfones para fazer uma das suas habituais e divertidas ironias, ou para atacar o centralismo, ou para declamar José Régio. Na verdade, Pinto da Costa nem sequer apareceu. O gesto, como sempre, foi mal interpretado. Não há, na atitude de Pinto da Costa, a mais pequena falta de solidariedade nem de coragem. Na verdade, foi um gesto de verdadeiro portista: a equipa tinha acabado de fazer história na Europa, e Pinto da Costa não quis roubar o protagonismo aos jogadores e treinador. Quando os jogadores são contratados, é ele que os descobre, que os negoceia, que tem a argúcia de os roubar ao Benfica. Quando levam cinco de um Arsenal desfalcado de Fabregas, Van Persie, Gallas, Djourou, Ramsey e Gibbs, é altura de se reconhecer o mérito ao professor Jesualdo. Há um tempo para tudo.


Por Ricardo Araújo Pereira, edição 13 de Março 2010 - Jornal "A Bola"

ALAN KARDEC





Reembolso do IRS com dias contados?

O prazo para receber o reembolso lá vai avançando para quem já entregou o IRS. Este ano em virtude da eventualidade de se poder receber o reembolso 20 dias após a entrega da declaração, os servidores do Portal das Finanças têm mostrado incapacidades pontuais em lidar com o forte afluxo. Fará sentido investir em novas máquinas? É que uma situação similar dificilmente se repetirá para o ano.
Com a perspetiva de a grande maioria dos contribuintes vir a ver limitados os valores máximos que poderão deduzir e/ou abater via benefícios fiscais que está prometida no PEC e que virá a ser conhecida em detalhe em breve, para o ano o mais provável é que uma parte muito significativa desses contribuintes tenha de pagar IRS adicional depois de entregar a declaração em vez de receber o reembolso.
Recorde-se que nos últimos anos se foi aproximando a taxa de retenção mensal do valor que efectivamente era devido ao Estado, de modo a se reduzirem os elevados montantes de reembolso que chegaram a existir. Ora de não se reverter à situação anterior (aumentando as taxas de retenção mensais) é natural que o valor apurado de imposto após a declaração entregue revele um imposto a pagar como sucede já hoje com muitos contribuintes que acabam por “disfarçar” tal situação apresentando deduções (despesas de saúde, educação, etc) ou invocando benefícios fiscais vários.
Para o ano o contribuinte “médio” ou vê os reembolsos passarem a ser quase nulos ou a terá mesmo de completar com um pagamento o imposto devido. Com tudo isto, quem quererá ser o primeiro a entregar o IRS? Talvez o pico de trabalho para os servidores se atinja mais para o final do prazo de entrega.Afinal é melhor mandarem reforçar as máquinas na mesma.
Fonte: Enomia e Finanças

quinta-feira, 11 de março de 2010

Consignação de 0,5% - IRS 2009


Os contribuintes que pretendam efectuar uma consignação de 0,5% do imposto liquidado a favor de alguma das entidades identificadas na listagem, devem indicar o Número de Identificação Fiscal (NIPC) da entidade no campo 901 do quadro 9 do Anexo H (Benefícios Fiscais e Deduções) da declaração de rendimentos, Modelo 3, do IRS do ano de 2009, cujo prazo legal de entrega se encontra já a decorrer durante o ano de 2010.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Outra vez o Arsenal!

Um video dos quatro a zero mas que se aplica bem nos tempos que correm.

terça-feira, 9 de março de 2010

Entrega de IRS 2009 - a partir de amanhã - 10 de Março

Tal como indicado no “Calendário Fiscal de Entrega do IRS 2010” inicia-se amanhã o prazo de entrega pela internet da declaração do IRS de 2010 relativa a rendimentos de 2009.
Entre 10 de Março e 15 de Abril poderão entregar a sua declaração anual os contribuintes que tenham feito (ou venham a fazer – ainda vai a tempo) o registo na internet junto do Portal das Finanças e que tenham apenas auferido rendimentos da categoria A (trabalhadores por conta de outrem e pensionistas).

Cristiano Ronaldo no Facebook

segunda-feira, 8 de março de 2010

Os calimeros do túnel

Até prova em contrário, nas últimas duas semanas o campo de Matosinhos não cresceu. O relvado, tendo em conta as condições atmosféricas, estava igual ou pior. O público, infelizmente, não foi submetido a sessões de reeducação que lhe tirassem aquela vontade malévola e incompreensível de ver a sua equipa ganhar. A equipa, à medida a que o campeonato se aproxima do fim e ela mesma se aproxima do fim da tabela, estará cada vez mais disposta a fazer a vontade ao público. O árbitro era, como são todos, conhecido pela sua paixão benfiquista. E foi certamente imbuído do mais profundo benfiquismo que invalidou um golo limpo aos visitantes ainda com o resultado em 0-0. Estavam reunidas todas as condições para o Benfica encostar. E encostou. Encostou o Leixões à sua baliza e não saiu de lá enquanto não lhes meteu quatro batatas no bucho. Mas, claro, para o Benfica é fácil. O Porto tem tudo contra si. O clima deseja que o Porto perca. A relva deseja que o Porto perca. O próprio público adepto das equipas adversárias tem a desfaçatez de desejar que o Porto perca. Assim é complicado.

Depois de um pungente comunicado, de uma vigília de protesto e de várias proclamações de união e fervor regionalista, o Porto foi até Lisboa ser goleado. Perder por 3-0 costuma ser doloroso; perder por 3-0 contra este Sporting é especialmente humilhante. O facto mais espantoso da noite, porém, foi outro: José Gomes, adjunto do Porto, foi expulso no intervalo do jogo. Expulso depois do apito, imagine o leitor. Só a custo consegui conter a surpresa. Toda a gente sabe que os elementos da equipa do Porto só reagem mal às derrotas que sofrem em Lisboa se forem fortemente provocados pelos stewards da Luz. Que cabala obscura terá estado na origem da expulsão de mais um anjinho injustiçado? Que agravo ignóbil, que intolerável insulto? Por azar, o caso ocorreu quando ainda se discute o túnel da Luz, e na semana em que se recordou uma agressão antiga, também de um jogador do Porto, e também num estádio da região da Grande Lisboa. Fernando Mendes agrediu, na Amadora, um bombeiro — que a Comissão de Disciplina da Liga e o Conselho de Justiça da Federação consideraram interveniente no jogo. Mas como, se o bombeiro não está sujeito à disciplina desportiva? A questão não se colocou. Mas e se os clubes contratarem bombeiros e os industriarem no sentido de causarem graves danos físicos aos jogadores adversários? Ninguém se lembrou de perguntar. Porquê? Porque o castigo, com a duração dos mesmíssimos três meses aplicados a Hulk, foi decidido 13 meses depois dos acontecimentos, já Fernando Mendes representava o Belenenses. A diferença é que, agora, o castigo foi decidido ao fim de dois meses mas, ao que parece, os portistas vão passar 13 meses a queixar-se.



Receio bem que as constantes referências às toupeiras do túnel remetam para segundo plano os calimeros do túnel, bicharada que merece protagonismo superior. As toupeiras do túnel, pelos vistos, limitaram-se a escavá-lo — o que não constitui grande proeza. Mas a actividade dos calimeros do túnel é bem mais vasta. Os calimeros do túnel carpiram a ausência do Hulk, injustamente castigado só por ter participado num espancamento, fizeram comunicados públicos, e organizaram vigílias que só não foram mais participadas porque manifestantes como Bruno Pidá, por exemplo, tinham outros compromissos. Falta uma greve de fome e uma queixa na ONU, mas acredito que os calimeros do túnel terão o discernimento de diversificar as suas formas de luta pela justa libertação do mártir espancador. Mesmo sendo benfiquista, não posso deixar de apoiar todas estas iniciativas. Eu também não tenho dúvidas de que um dos factores que explicam o terceiro lugar que o Porto ocupa é esse túnel maldito que os privou de dois jogadores: mais precisamente, o túnel do Marselha, por onde costuma entrar em campo Lucho González, e o túnel do Lyon, no qual costuma ser visto Lisandro López. Mais: como benfiquista, eu sei bem o que uma equipa sofre por ficar privada de elementos mais ou menos influentes. Não me esqueço de que, por não poder utilizar Di Maria, Fábio Coentrão e Aimar, o Benfica conseguiu ganhar apenas por magro 1-0 a um Porto na máxima força, com Hulk e tudo. Obter resultados fracos assim custa, bem sei.


Por Ricardo Araújo Pereira, edição 6 de Março 2010 - Jornal "A Bola"

As Medidas do PEC

•Novo escalão de IRS de 45% para rendimentos acima de 150 mil euros por ano (temporário até 2013)


•Introdução do um tecto para os benefícios fiscais no IRS nos rendimentos intermédios e mais elevados


•Alinhamento da dedução específica em IRS das pensões superiores a 22500 euros com a do trabalho dependente


•Limite dos consumos intermédios na Administração Pública e redução das despesas de funcionamento


•Redução do peso dos salários no PIB para 10% em 2013 através de congelamento ou aumentos abaixo da inflação e da regra de entrada de apenas um funcionário por cada duas saídas


•Maior controlo e limite às prestações sociais não contributivas, como o rendimento mínimo garantido ou o complemento solidário para idosos, que vão ficar congeladas até 2013


•Alargamento da base contributiva da Segurança Social


•Eliminação das medidas temporárias de apoio social no combate à crise


•Fim da isenção da tributação das mais-valias que passam a pagar uma taxa de 20%


•Receitas de privatizações de 6000 mil milhões de euros entre 2010 e 2013


•Adiamento por dois anos das linhas de alta velocidade Lisboa-Porto e Porto-Vigo


•Definição de um tecto para as despesas militares: redução em 40% da dotação da lei de programação militar e não assumpção de novos compromissos


•Introdução de portagens em algumas auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT)


•Adopção de uma regra de endividamento líquido nulo na administração regional e local, com excepções apenas para situações de emergência ou em casos de financiamento de projectos com fundos comunitários


•Controlo dos gastos no sector empresarial do estado: limites ao endividamento, contenção salarial, revisão de planos de pensões e saúde sem suporte contributivo
Fonte: Expresso on-line - 18h00