sexta-feira, 30 de julho de 2010

segunda-feira, 26 de julho de 2010

David luiz no escrete brasileiro

David Luiz ve o seu trabalho recompensado e para além de jogar já no maior clube do Mundo foi agora tambem chamado para representar a melhor selecção do Mundo, o escrete brasileiro ( outros têm de optar pelo escrete luso-brasileiro ).

Boa sorte e parabéns... o teu sucesso é o nosso sucesso


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Ordens exigem título de mestre para licenciados pré-Bolonha

O Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) exige o título de mestre para os alunos licenciados antes da entrada em vigor, em 2006, do processo de Bolonha e já pôs a circular uma petição online com o objectivo de levar o tema a discussão na Assembleia da República.
Ontem, em conferência de imprensa em Lisboa, o presidente do CNOP, Fernando Santos, considerou injusta a actual equiparação académica de todos os alunos, antes e depois do processo de Bolonha, que veio reduzir as licenciaturas para três anos. "Vamos pedir à Assembleia da República para que os antigos licenciados tenham o título de mestre e corrigir a injustiça", disse.

Segundo o presidente da CNOP, "nem os antigos licenciados eram tão burros que precisassem de cinco ou seis anos para se licenciarem, nem os actuais alunos, ainda por cima com as graves lacunas no ensino básico e secundário, são tão espertos que consigam obter o mesmo em metade do tempo". Esta "confusão intencional do poder político" deve-se, no entender do CNOP, à intenção do Governo de reduzir a despesa pública e obter mais licenciados para a estatística.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Mais 1565 insolvências em três meses apenas

O número de insolvências de empresas aumentou no segundo trimestre deste ano 6,9 por cento, face aos três meses anteriores. Foram mais 1.565 novos processos, segundoo departamento de gestão de risco da Crédito y Caución. O relatorio refere o "início de uma mudança de ciclo".

Este departamento, segundo a empresa, acompanha de perto os processos de insolvência publicados em Diário da República.

O aumento do número de insolvências começou no primeiro trimestre do ano passado e ultrapassou “um milhar de processos trimestrais”. Em 2008, o número de processos foi de 500.

“Após seis trimestres consecutivos de crescimento gradual, os números referentes ao último trimestre mostram, pela primeira vez, a concentração de mais de 1500 processos em apenas três meses”, salienta a Crédito y Caución, acrescentando que “apesar de ter registado uma queda de 5,3 por cento, um em cada três processos de insolvências continua a envolver empresas diretamente relacionadas com o setor dos serviços”.

A construção é o segundo sector mais afectado, seguida do têxtil e da alimentação e distribuição, “que registam quedas acentuadas em torno dos 20 por cento”.

Segundo a análise da Crédito y Caución, assiste-se a uma recuperação em sete sectores e o aumento das insolvências em oito.

Face ao primeiro trimestre, “a maior intensidade foi registada no sector do papel e artes gráficas (58 por cento), nas peles (50 por cento) e no da madeira e mobiliário (43 por cento)”.

Por outro lado, o sector dos eletrodomésticos (55 por cento), máquinas e ferramentas (40 por cento) e instalações (28 por cento) foram os que registaram uma melhoria.

“O ano de 2010 está a marcar o início da mudança de ciclo, mas persistem alguns factores de incerteza como é o caso da reativação do crédito financeiro”, salienta a Crédito y Caución, destacando a “incapacidade de muitas PME poderem financiar o circulante e melhorar a tesouraria devido às dificuldades no acesso ao crédito” como um dos principais fatores que “pressionam a entrada de processos de insolvência judicial”.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

RAP: Boas férias (sem ironia)


Esta é a altura do ano em que os portugueses, depois de um ano de trabalho (os que ainda têm trabalho), pegam nas suas economias (aqueles que não tinham o dinheiro em bancos que faliram), e vão agora de férias (aqueles que podem dar-se ao luxo de ter férias). E vão, de certeza, com a sensação de que deixam o País arrumado. O Presidente da República diz que a situação é insustentável. Um antigo Presidente e um candidato à Presidência dizem que ele não pode dizer que a situação é insustentável. O primeiro-ministro diz que estamos muito bem. A oposição diz que ele não pode dizer que estamos muito bem. Portanto, podemos ir de férias descansados. E esclarecidos.

A primeira tarefa do cidadão que começa a gozar o merecido descanso é pagar a não menos merecida sobretaxa de IRS sobre o subsídio de férias. O cidadão sabe, porque já lho disseram, que andou a viver acima das suas possibilidades, e por isso chegou a hora de pagar. O cidadão, que tem a mania das grandezas, pensou que podia viver à tripa-forra, num desses países modernos que premeiam os administradores das suas empresas com bónus milionários. Não, caro cidadão. Tudo isso lhe deu status e qualidade de vida, é indesmentível. Mas não é gratuito. Quem quer viver numa sociedade assim, paga.

A segunda tarefa é escolher um destino de férias. Tanto os destinos mais baratos, como uma semana com tudo pago nas Caraíbas, como os mais caros, como um fim-de-semana com meia pensão no Algarve, parecem excessivos para o seu orçamento. Uma hipótese é meter a família no carro e, como recomendou Cavaco Silva, ir para fora cá dentro. Uma opção que traz alguns problemas. Primeiro, há que meter gasolina, o que não é barato. Depois, talvez seja boa ideia comprar uma água e um papo-seco para a viagem. Mas com cautela, na medida em que o IVA sobre os bens essenciais subiu um por cento. Os milionários que tiverem dinheiro para depósito cheio e farnel poderão fazer-se à estrada, embora conscientes de que mais cedo ou mais tarde vão passar numa SCUT, daquelas que não eram pagas mas entretanto passaram a ser. Antes disso, num semáforo, ainda são capazes de topar com o ministro das Finanças com um chapéu virado ao contrário a pedir nem que seja a moeda mais pequena, em busca de receitas extraordinárias. Em princípio, depois de percorrer 50 quilómetros, o cidadão já não tem dinheiro e tem de voltar para casa. Essa é a terceira tarefa. Boa sorte.

Ricardo Araújo Pereira - Visão online - 1 de Julho de 2010

Primeiro Troféu da Época


quinta-feira, 15 de julho de 2010

A procura de emprego em Portugal...

O António, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.

Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).

Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).

Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.

Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.

Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes.

Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar:

Porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL (???)...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Isto é de loucos!!!

E se chegar ao supermercado as prateleiras estiverem vazias?

Para fazer frente a situações de catástrofe, bloqueios de camionistas ou outro tipo deimprevistos, o Ministério da Agricultura aconselha a que cada pessoa transforme a despensa numa reserva estratégica de alimentos.

Vítor Andrade (www.expresso.pt)
17:13 Quarta feira, 14 de Julho de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O adepto do Mundial é português

Nem tudo correu mal para os lados nacionais no Mundial'2010. Numa votação levada a cabo no site da FIFA, um luso-descendente foi eleito como sendo o melhor adepto do Mundial.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

''O Maravilhoso Mundo Disney'' - Clara Ferreira Alves


Tudo o que é passado está destinado a morrer. Entregámos a chave da casa à miudagem.

Na década de 80 passei um tempo largo (e maravilhoso) nos Estados Unidos. Um dia dei por mim numa festa da Disneylândia, acompanhada por um professor de literatura em Berkeley que tinha um irmão que era ator secundário numa sitcom e que nos tinha arranjado convites. A festa era na Disneylândia, mas o que se festejava era Hollywood e Michael Jackson. A inauguração de um filme em 3D feito dirigido por Francis Ford Coppola e produzido por George Lucas. Ia jurar que Spielberg também tinha uma mãozinha. Tomorrowland foi invadida por vedetas para ver a estreia de "Captain Eo" no Teatro do Olho Mágico. "Captain Eo" era um híbrido, uma fantasia de ficção científica dobrada de musical em que Michael repelia invasores, fardado de licra e lantejoulas. O filme é considerado o primeiro filme em 4D, com efeitos especiais na sala, fumo, lasers, etc.

O meu amigo literato, que admirava muito o mano ator, estava tão contente por estar ali que a festa lhe parecia o equivalente a conhecer o velho Tolstoi, escritor favorito. Parece que o irmão tinha muito êxito com as mulheres e que a televisão tinha feito dele uma vedeta. Vivia no terror das audiências, que fechariam a série, mas até esse dia era o homem mais feliz do mundo. Fiquei à espera de conhecer Adónis e apareceu-me um sujeito barrigudo, de cabelo branco e um sorriso bondoso, que dizia piadas. Definhara anos como comediante sem sucesso e a TV era uma fada que dava tudo o que desejava: fama e dinheiro. Acho que até aí nunca me tinha dado conta da importância da fantasia e da indústria do entretenimento naquela terra. Quando disse ao meu amigo que achava o irmão fisicamente banal para tanto sucesso, ele respondeu: não é gay. Aqui, os homens bonitos são gay. E nos bares da praia de Malibu isto soava verdade.

Nessa tarde na Disneylândia pude finalmente ver a cores e ao vivo todo o mundo e ninguém. Tenho fotografias em que apareço na bicha para o Olho Mágico a dois passos de Jack Nicholson e Angelica Huston (fazia de vilã no filme), dos atores das séries "Dallas" e "Fame" (as que estavam a dar), de Spielberg e de Lucas. E de Isabelle Huppert, a viver em Hollywood na época. A festa era restrita e o mano comediante estava mais embasbacado do que eu. O filme era um bocado indigente, uma encomenda a Coppola, e toda a intensidade do momento se concentrava numa pergunta: onde estava Michael? Ia aparecer? Era como se o mundo estivesse suspenso deste mistério. Acho que até o impenetrável Nicholson estava pendente disto. Andámos por ali a balbuciar as idiotices da praxe, olha o fulano daquele filme, esta é muito mais baixa do que parece na tela, etc., e ficámos todos órfãos de celebridade quando se soube que Michael não vinha. Com os manos, e a namorada do comediante, uma loira local, fomos consolar-nos comendo hambúrgueres e doces no resto da Disneylândia. Andámos em todos os carrosséis como se tivéssemos 15 anos. Percebi que a América e a cultura infantil e adolescente são inseparáveis.

O poder de Michael Jackson era esse, o do adulto que nunca saiu da adolescência. Peter Pan. E o poder da miudagem do Google, do Facebook, do YouTube e do Twitter é este, o poder de uma cultura poderosamente imatura e criativa, alimentada a hormonas, dotada de inteligência, intensidade emocional e imaturidade intelectual. É o mundo Disney, criado pelo visionário Walt, a que se seguiu o mundo MTV. Lady Gaga, uma cabotina que faz Jackson parecer um génio, é o último avatar desta cultura sem memória nem história.

No "Financial Times" li uma entrevista ao criador do YouTube. A entrevista é como o "Captain Eo", uma aventura vazia, cheia de som e fúria. Chad Hurley (nome perfeito) gosta de carros velozes e de desportos violentos, de hambúrgueres e de tecnologias. Um homem que fala como um adolescente, com gostos e atitudes de adolescente, que sonha e transforma os sonhos em empresas rentáveis. Um nerd. Como os outros e como o pai deles todos, Steve Jobs. Sendo Steven Spielberg a mãe sentimental. Hurley começou no PayPal e acabou milionário a vender YouTube à Google por 1,65 mil milhões de dólares. Anda sempre com um bloco-notas para assentar ideias que lhe vêm à cabeça e não impõe aos filhos uma disciplina porque têm tempo disso quando crescerem.

Este é o maravilhoso mundo Disney em que vivemos e esta gente, que nada de profundo tem para dizer e que é avessa ao conhecimento acumulado, apesar da inteligência, comanda o mundo. Michael Jackson foi o precursor desta cultura (que é pop) e a sua vítima. A cultura adolescente é a cultura dominante do efémero e do insubstancial. As tecnologias são desenhadas contra a duração e o tempo e tudo o que é passado, incluindo o papel, livros, jornais, etc., é considerado obsoleto e destinado a morrer. Entregámos a chave da casa à miudagem.

Clara Ferreira Alves (www.expresso.pt) 8 de Julho.10