terça-feira, 30 de junho de 2009
30 ano do SNS
sexta-feira, 26 de junho de 2009
''Michael Jackson morreu''
Comentário de ''Grapilho'' à notícia ''Michael Jackson morreu'' da edição do Público de 26/06/2009.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Portugal ainda não bateu no fundo!

terça-feira, 23 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
O verdadeiro problema do Cissokho!!
terça-feira, 16 de junho de 2009
Composição Moral da Sociedade
Desviar a atenção para o outro para que não olhem para ti!
Deliramos descobrir erros alheios como se isso fosse uma forma de subir na vida, ou atingir um mestrado, ou o destaque do dia. Se os outros erram, sentimo-nos felizes porque não fomos nós e, pelos nossos erros ainda ninguém deu. Sentimos que cresceu o nosso ser... porque alguém falhou. O erro cometido por outrém, é a valorização dos restantes... Julgar o erro na praça pública traduz a emancipação do bem sobre o mal, os benfeitores unem-se e discutem que: ''nunca cometemos este erro, somos os bons!'', mas nos íntimos correm as ideias de que talvez o tenham feito, ou tenham pensado fazer, ou ajudaram algum a cometer esses mesmos erros, e piores, e piores. Mas é melhor chamar-lhes antes que nos chamem a nós.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Excerto da autobiografia de José Sócrates
A primeira vez que percebi que isto podia correr mal foi quando comecei a suar em bica no comício de Coimbra. Tinha saído do Falcon do Zapatero e estava enfiado numa sala miserável, meia vazia, com a temperatura de Tombuktu e o Vital a discursar.
À hora dos telejornais enfrentei as câmaras. O calor era insuportável. Havia ali equipamento de som e de luz capaz de assegurar uma tournée da Beyoncé. Ensaiei a piada sobre a falta de jeito da Ferreira Leite, mas vi logo, pelas palmas forçadas, que ninguém achou graça. Já não sei quem é que me disse que era bom atacá-la, por isso deve ter sido o Santos Silva.
Segui com o ataque àquela ideia absurda de que o país estava falido, despachei o discurso e saí dali com o José Luís, que ainda deve estar a pensar o que veio fazer a Portugal...
No dia seguinte, percebi que aquela coisa do Paulo Rangel andar a dizer que desperdiçámos fundos europeus passava o dia a ser repetida nas televisões. Já o Paulo Portas andava com essa, a atacar o Jaime Silva há mais de um ano. E os jornalistas achavam que deitávamos dinheiro à rua.
A verdade. diziam-me os meus assessores, é que não podia pôr o Jaime Silva a defender-se porque já não acreditavam nele. E parece que o Nunes Correia não se podia explicar porque ninguém sabia que ele era ministro! Quanto mais que era o ministro que geria os fundos...
Na campanha ainda me ri com aquela piada do Pinho sobre a papa Maizena. Mas saiu tudo em defesa do Rangel, o que foi injusto. Se calhar devia mesmo ter remodelado o Pinho no início do ano, mas as pessoas não se lembram que ele me ajudava desde os tempos da oposição.
Na campanha queriam o quê? Que mudasse o rumo e largasse o Aeroporto e o TGV? Nem pensar. Só se tivesse remodelado o Mário Lino. Perdoei-lhe a Ota porque um homem não deixa cair os amigos. Sobretudo os de longa data. O que ele me ajudou nos tempos do Ambiente...
Culparam o Vital, coitado. Atacar o Durão Barroso deve ter sido coisa da Ana Gomes, e a do BPN, qual foi o mal de trazer o caso BPN para a campanha?
Correu mal, o que foi duro para o PS e muito duro para mim. Não merecia. Comecei a campanha a suar em bica e acabei a ouvir o ministro da Cultura a dizer que o resultado era normal! O tipo andou calado um ano e abriu a boca para isto!
Tinham-me dito que ia ganhar com uma campanha à Obama. Mas ganhou o candidato que só fez reuniões tupperware. Aprendi uma lição para a vida: não serve de nada ter assessores que estudaram o Obama se nenhum souber ligar o ar condicionado.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Quando o futuro é tão incerto, resta o quê?
Ninguém, hoje, tem dúvidas de que vivemos numa sociedade potencialmente explosiva, onde múltiplas exclusões se agudizam a cada dia que passa. A instabilidade social parece ser o sentimento de quase todos, e, quando tudo treme, a possibilidade de toda a estrutura ruir é imensa, basta um mínimo deslize.
O nosso país está assim, o mundo todo está assim. Ninguém parece querer arriscar qualquer movimento e, neste impasse, quase se paralisa a economia e a vida das pessoas. Instala-se a crise. Contudo, estes problemas que tendem a desestruturar as sociedades não são um epifenómeno da crise actual, vêm de longe e vêem-se à vista desarmada. Alguns aspectos são de percepção comum: - A organização da própria sociedade. Os empregos mal remunerados, longe de casa e a muitas horas de distância, passadas em transportes públicos desconfortáveis e pouco eficientes, chegando, em hora de ponta, a ser desumanos.
Recentemente, foi noticiado que as creches que abrem e fecham a desoras, tipo 5/6 h da manhã e 8/9h da noite, têm cada vez maior procura. Isto terá inevitáveis reflexos na vida futura destas crianças e de suas famílias, espero que quem sabe do assunto – médicos, psicólogos, pedopsiquiatras… – digam alguma coisa, para ajudarem a ver o essencial. No mesmo sentido, a vida de tantas crianças, muito jovens ainda, de passe social ao pescoço, subindo e descendo autocarros, a caminho da escola, a maioria com chaves de casa no bolso, entregues a si próprias, tardes, manhãs ou dias inteiros.
- O modo como se vive e se constrói a cidadania. Os espaços públicos e de convivência não criam proximidade, a vida comunitária e associativa, onde se deveriam partilhar projectos e desenvolver interesses comuns, está longe de construir verdadeiras pertenças, familiaridades e cumplicidades, as quais, construídas na juventude, perdurariam pela vida fora. Talvez se creia que a Internet, onde, aparentemente, o debate e a partilha de interesses parecem sem limites, possa substituir a conversa na praça, o encontro na associação…, mas, temo que se venha a descobrir, mais tarde que cedo, que não é bem assim.Os bairros tornaram-se anónimos, descaracterizados e sem identidade. Cada vez mais, somos de lado nenhum, evitamos, até, dizer onde vivemos, e isso pode acontecer não apenas por se tratar de um bairro social mais ou menos problemático, mas simplesmente porque não temos nenhum sentimento de pertença ao local, e por isso dizemos: “vivo em Lisboa”, “vivo no Porto”, “vivo no Algarve”, etc. Sem nos darmos conta, vamos ficando sem raízes e cada vez mais sós. Na verdade, uma solidão crescente habita as ruas, mesmo que nelas caminhem multidões.
- A precariedade laboral e o desemprego. Há pessoas, anos a fio, em empregos instáveis, a recibos verdes, sem o mínimo de possibilidades de terem qualquer projecto de futuro, e muitas delas sem qualquer esperança de algum dia virem a ter um trabalho estável. Em consequência, surgem a desmotivação, a baixa auto-estima, a depressão, o desânimo…, e o efeito de bola de neve instala-se, tudo parece correr mal.
Em muitas zonas rurais do interior do país a produção agrícola tornou-se residual, restam alguns serviços e a saída para fora. A isto, junta-se o desemprego galopante dos últimos meses, a falência ou a deslocalização de muitas empresas, para o qual não se vê saída, com a consequente instabilidade pessoal, familiar e social.
- A corrupção e o tráfico de influências. Em regimes democráticos, num Estado de direito, com leis e instituições a regular a vida social, diríamos que até ao ínfimo pormenor, seria de supor que os fenómenos de corrupção fossem evitados à mínima tentação – que existe, obviamente. Mas não é assim, atingiu, entre nós, nalguns casos, um patamar inimaginável. É algo que repugna pelo que tem de “polvo”, de subterrâneo, de engano e de malfeitoria. Ver alguns daqueles banqueiros, que julgávamos gente séria, serem meros delinquentes; ver o tráfico de influências de políticos e outros poderosos – alguns saem do governo e vão para administradores de grandes empresas, com o maior dos à-vontades – é de uma gravidade incomensurável.
O cidadão honesto que cumpre com os seus impostos e paga com sacrifício as suas contas descrê de tudo. É a estrutura da própria sociedade que fica em perigo. Resta não descrer em absoluto na justiça e nas potencialidades da democracia.
Fonte: DN Opinião (por Maria Rosa Afonso - 08/06/09)
Cavaco veta lei do financiamento dos partidos
"São várias as objecções de fundo que suscitam as soluções normativas contidas no diploma em causa", lê-se numa nota divulgada na página da Internet da Presidência da República .
Entre essas "objecções de fundo", Cavaco Silva aponta o "aumento substancial do financiamento pecuniário não titulado dos partidos políticos e das receitas provenientes de iniciativas de angariação de fundos, da possibilidade de os partidos obterem lucros nas campanhas eleitorais ou do aumento do limite das despesas de campanha na segunda volta das eleições para o Presidente da República".
Comunicado do Presidente da República
1 - O diploma aprovado pela Assembleia da República pretendeu introduzir uma alteração muito significativa ao regime em vigor sobre o financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais, aumentando de forma substancial os limites do financiamento privado e sem que se diminuam os montantes provenientes do financiamento público.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Excerto...
Dizia RAP numa das suas crónicas da revista Visão, no dia 4 de Junho, falando sobre as anteriores eleições europeias...
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Avaliações
Há, todavia, um pormenor relevante, do discurso delirante desta professora: é aquela frase em que, insultando a mãe de uma aluna, ela acrescenta os seus próprios títulos académicos como prova de superior sabedoria. Cena idêntica presenciei eu, há um ano, numa aula de ginástica de uma escola pública do primeiro ciclo, em Lisboa: "Têm que me respeitar, porque eu tenho um curso superior". Quase teria tido pena da presunção cândida da professora: graças a Deus, nenhuma criança de 9 anos respeita quem quer que seja por causa do canudo. A pena esvaiu-se-me quando a professora acrescentou: "Mexe-te! Pareces um atrasado mental!". Esta professora não tinha qualquer problema do foro psiquiátrico - só uma educação muito deficiente, e uma incapacidade pedagógica clamorosa. Não a tomei como regra; naquela mesma escola, havia várias outras professoras magníficas. Uma das coisas que essas professoras faziam era convidar regularmente os pais a participar nas aulas - lendo uma história ou falando sobre a sua experiência profissional.
Pergunto: porque é que no ensino secundário os pais não são convidados a, de vez em quando, assistir às aulas? Ergueram-se várias vozes para criticar a gravação às escondidas feita pelas alunas. Mas o que poderiam ter feito as alunas (ou os pais delas), naquele caso concreto, já que as queixas tinham apenas como consequência o agravar das ameaças e do assédio moral da professora? Mais degradante do que ensinar adolescentes a agirem como detectives reles, daqueles que fazem profissão de gravar filmes de adultérios para vender aos cônjuges traídos, só mesmo deixá-los à mercê de um poder enlouquecido e arbitrário. Para que assim não seja, a sala de aula tem de ser um espaço aberto às famílias - e aos avaliadores.
Quem avalia quem, e como? Esta pergunta aplica-se a toda a função pública. Viveu-se durante demasiado tempo a ignomínia igualitária que consiste em pagar do mesmo modo a excelência e a mediocridade - ou, até, premiar a mediocridade, que só é competente a lamber as botas certas. Mas quando, na base da avaliação, está um numerus clausus estatatístico que estabelece que em determinado equipamento municipal, dado o baixo número de funcionários, não pode haver sequer um funcionário excelente, a injustiça permanece. Diz-me a experiência que as equipas pequenas tendem a ser mais competentes, criativas e dedicadas do que as muito grandes. A contabilidade cega que se quer fazer passar por avaliação não contempla as pessoas, nem o trabalho efectivamente realizado. Só números, e à maneira antiga: cortar salários e esperanças dos mais mal pagos. Excelentes, só os que excelentemente circulam nas salas do poder. Não são os professores. Nem os funcionários públicos. Por muito bons que sejam - eu, por exemplo, trabalho com quinze funcionários públicos que são objectivamente excelentes ou muito bons, e estão proibidos por lei de ser avaliados como tal.
FONTE: Expresso - 3/06/2009 - Inês Pedrosa
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Ricardo Araújo Pereira comenta noite eleitoral na SIC
Os pivôs Rodrigo Guedes de Carvalho, Clara de Sousa, Bento Rodrigues, Pedro Mourinho e Ana Lourenço serão os apresentadores da emissão eleitoral, que contará com a participação de um total de mais de 100 profissionais. Os meios técnicos da emissão envolvem seis carros de exteriores e os resultados serão apresentados num cenário virtual construído nas mais modernas tecnologias de informação.
Para que os resultados sejam conhecidos o mais cedo possível, a SIC prepara também uma mega-sondagem à boca das urnas, da responsabilidade da Eurosondagem. Às 20h00, momento em que fecham as urnas em toda a Europa, será apresentada uma projecção de resultados e de mandatos.
Também os níveis de abstenção serão alvo de uma projecção logo às 19h00, horário de fecho das urnas em Portugal continental e na Madeira.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
O que o Benfica venceu este ano

Como é costume, no último jogo do campeonato a equipa do Porto entrou em campo com o cabelo azul. Confesso que não sei que tipo de tinta usam os portistas para pintar a cabeça, mas é certamente uma tinta que não adere ao gel. O árbitro, Pedro Proença, apareceu com a cabeça na sua cor original. É pena que um dos homens que mais contribuiu para o tetra não tenha podido festejar devidamente.
Ao que parece, a CMVM acredita nas manchetes dos jornais desportivos. Haja alguém. No dia em que um jornal publicou mais uma notícia, nunca confirmada, da contratação de um novo treinador pelo Benfica, a CMVM suspendeu as acções do clube até o caso estar esclarecido. Se o Benfica pretende manter em segredo as suas opções no que diz respeito à equipa técnica, o melhor é dizer que o assunto é tabu. Os senhores da bolsa toleram tabus instituídos pelos clubes, mas não lhes perdoam notícias de jornal. A contratação de Ramires também já tinha sido motivo para um pedido de esclarecimento. Os organismos financeiros admitem que os clubes negoceiem defesas-centrais com clubes que não possuem o seu passe e que a transacção ocupe as páginas dos jornais durante semanas, com declarações do jogador, lamentos do clube que detém os seus direitos desportivos, e bitaites dos dirigentes do clube que os deteve em tempos mas já não detém. Mas são inflexíveis quanto a centrocampistas adquiridos ao seu legítimo proprietário. É preciso saber muito de finanças para compreender o futebol português.
A final da Liga dos Campeões foi ganha pela equipa que Pinto da Costa queria que ganhasse. Mais ou menos o que acontece cá, mas sem café. O presidente do Porto tinha justificado a preferência pelo Barcelona com as afinidades que os dois clubes teriam. Recordo que o Barcelona chegou à final depois de eliminar o Chelsea num jogo em que o árbitro perdoou cinco grandes penalidades à equipa catalã. Realmente, é o que se chama, na gíria, uma vitória à Porto.
Por Ricardo Araújo Pereira, Edição 31 de Maio 2009 - Jornal "A Bola"